EDUARDO PELÁEZ
( Colômbia )
Eduardo Peláez nasceu em Medellín, Colômbia, em 1957. Recebeu o Prêmio Manuel Cofiño de Ensaio Latino-Americano e o Prêmio Nacional de Poesia Awasca, Nariño (1979), Prêmio Departamental de Contos (1991). Primeiro Prêmio na Chamada de Autores de Antioquia com El sistema poetico de José Lezama Lima (1995). Co-fundador da extinta revista literária Siglótica. Seus poemas foram incluídos em revistas e suplementos literários no país e no exterior.
Última atualização: 11/05/2021
TEXTOS EN ESPAÑOL
FESTIVAL INTERNACIONAL DE POESIA DE MEDELLIN
Tiempo, Visión
(Fragmento) Todo nuestro tiempo
es una sóla visión
Voces nos albergan y un vacío
es todo lo que dicen
Aderezos, adjetivos
marchan conjuntos con nuestro
cuerpo. ¿Qué pregunta hace el río
a las arenas. Qué interrogante puede
marchar en nuestro ojos? Todo extendido,
clareado y desecho. Unidos
en el sueño, el aire y la visión.
El día abre puertas sobre
los afanes y quedamos
confundidos, enemigos.
Gasta el hombre su vida
contra una piedra de amolar
pájaros.
Gasta y pierde y nada o todo
lo esperan al final.
Es árbol y bestia debajo
del árbol. Río y playa que se
hunde. Es la bruma mas los astros.
La luz encerrada y la espada que
parte los cerrojos. Es la mano
que acarica las cuerdas y las
rompe; es la voz que no cesa de
aparecer en los desiertos.
El que toca
Qué mundo toca a mi puerta
Que golpea secreto, inaudible:
El lugar donde corre la soledad
Las lágrimas, la tarde
Y el olor fresco de la casa
Con sus ruidos primordiales
Salidos del más allá y la madera.
O quizá la bruma que seré
En cada instante que traspase
En esta ebullición que apenas contengo.
O este mundo, paisaje apenas recordado
Diálogo de mi carne con el tiempo
Abrigo de un orden que desconozco
Tarde, luz repetida y única,
Donde ofrezco un pan al hambre
Que me devora.
O es otro, el sueño de ser
De hundir las raíces en lo que no se ha sembrado
Obteniendo un fuego en los huesos
Que corren detrás de la piel
Confundidos en la sangre
Leyendo el mapa atroz de la ceniza
Mezclando el grito y la plegaria
Aunando leños para hacer un hogar
Un viento tibio que penetre un mundo lejano
Perdido ante los ojos fijos
O quizá el repetido dolor
"de siempre fue así y así es"
y nada queda por ver
sino el desierto de los poderes
engendrando poder
el punto de partida de mi secreto vecino
que huele a transeúnte y pena
Qué mundo espera, allí,
Donde siento el viento aterido
Que aguarda mis brazos
Mi amable decir: "pase
Estoy hambriento pero hay una mesa de viandas
Un vaso del color del invisible"
No puedo escucharlo
Pero vendrá un año que nos sentemos juntos
Y contemos la fábula
Del que toca
Y del que abre
Y así por fin callemos un poco
Semejando la noche
Esa bella carroza donde viajamos
Siempre juntos sin reconocernos.
Solo
Yo no fui capaz de retener
ningún instante
ni la frágil tempestad de tus manos
ni el profundo beso
ni tus labios diciendo "Quédate".
Ciego en la pugna de los días
amasaba la doctrina de ancha levadura
y me negaba al incenciario
del silencio
al leve paso que se adentra allá
junto a la muerte
que baila presto la música
entonada por los pájaros.
Yo no fui capaz de nada
y ahora desnudo entre la noche
Mirando los cristales
esperando el sol eterno.
DAR
Y al dar el cielo se habita
Regresan las estrellas a su origen
a su semilla
a la luz que nos une
Y gira una esfera perfecta, sonora
Sin palabras
atravesada del sonido
único, nacedor.
Mano a mano
como labio a labio
goce
total indistinción
Inicio hacia lo que se sabe
que termina en lo otro
en la plena confianza
en el único abandono: El amor.
TEXTOS EM PORTUGUÊS
TEMPO VISÃO
(Fragmento) Todo nosso tempo
é uma visão única
Vozes nos abrigam e um vazio
é tudo o que dizem
Guarnições, adjetivos
andam junto com nosso
corpo. Que pergunta o rio faz
às areias. Que pergunta pode
marchar em nossos olhos? Tudo espalhado,
limpo e descartado. Unidos
no sono, no ar e na visão.
O dia abre portas
aos esforços e ficamos
confusos, inimigos.
O homem passa a vida
contra uma pedra para triturar
pássaros.
Ele gasta e perde e nada ou tudo
é esperado no final.
É a árvore e a fera debaixo
da árvore. rio e praia
pias. É a névoa mais as estrelas.
A luz trancada e a espada que
quebra os parafusos. É a mão
que acaricia as cordas e
as rompe; É a voz que não para
de aparecer nos desertos.
AQUELE QUE TOCA
Que mundo bate à minha porta
Que batida secreta, inaudível:
O lugar onde corre a solidão
Lágrimas, a tarde
E o cheiro fresco da casa
Com seus ruídos primordiais
Do além e da madeira.
Ou talvez a névoa que serei
Em cada momento que passar
Nessa fervura que mal contenho.
Ou este mundo, paisagem mal lembrada
Diálogo da minha carne com o tempo
Brasão de uma ordem que desconheço
Luz tardia, repetida e única,
Onde ofereço pão à fome
Que me devora.
Ou é outro, o sonho de ser
De fincar raízes no que não foi plantado
Conseguir um fogo nos ossos
Que correm atrás da pele
Confundidos no sangue
Lendo o mapa atroz das cinzas
Misturando o pranto e a oração
Juntando troncos para fazer um lar
Um vento morno que penetra um mundo distante
Perdido diante dos olhos fixos
Ou talvez a dor repetida
"de sempre" Foi assim e assim é"
e nada resta a ver
senão o deserto de poderes
engendrando poder
o ponto de partida do meu vizinho secreto
que cheira a transeunte e dor
Que mundo me espera, lá,
Onde eu sinto o vento entorpecido
Que me espera braços
Meu tipo diz: "entra
estou com fome mas tem mesa de comida
Um vidro da cor do invisível"
Não o ouço
Mas chegará um ano em que nos sentamos juntos
E contamos a fábula
Daquele que bate
E daquele que abre
E assim nos calamos um pouco Parecendo
a noite
Aquela linda carruagem onde viajamos
Sempre juntos sem nos reconhecermos.
APENAS
Não pude reter
nenhum momento ,
nem a frágil tempestade de suas mãos ,
nem o beijo profundo,
nem seus lábios dizendo "Fica".
Cego na luta dos dias,
amassei a doutrina da fava
e recusei o incensário
do silêncio
ao ligeiro passo que ali entra
junto à morte
que dança rapidamente ao som da música
cantada pelos pássaros.
Eu não era capaz de nada
e agora nua entre a noite
olhando os cristais
esperando o sol eterno.
DAR
E quando o céu é habitado
As estrelas voltam à sua origem
à sua semente
à luz que nos une
E uma esfera sonora perfeita gira
Sem palavras
percorrida pelo
som único, de nascimento.
De mãos dadas como gozo
lábio a lábio total indistinção
Partir rumo ao que se sabe terminar
No outro em plena confiança
no único
abandono:
o Amor.
*
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Página publicada em janeiro de 2023
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